Steve Harris, baixista e líder do Iron Maiden, já está se acostumando a viajar em família. Na turnê do álbum The Book of Souls, ele leva no avião a banda, The Raven Age, grupo do seu filho George Harris, que tem a missão de abrir os shows da Donzela de Ferro. George conversou com o Portal Virgula e contou como é ser filho de um dos maiores ícones do heavy metal.
“Nossa casa sempre teve muitos instrumentos, principalmente contrabaixos. Então, minha irmã começou a tocar violão e isso me inspirou a tocar guitarra, diferente do meu pai que compõe músicas no baixo. Pra mim é mais fácil fazer músicas na guitarra.”, disse George, que, para quem não sabe começou a carreira como jogador de futebol no Trosvik, time da quinta divisão do campeonato norueguês, antes do sangue de músico ferver em suas veias.
“Eu cresci ouvindo músicas do Iron Maiden, e não poderia ser diferente. Então, eu comecei a aprende-las na guitarra. Posso dizer que sei tocar várias delas. Porém, a que mais gosto mesmo é Blood Brothers, que tem um instrumental bem interessante”, relembra o guitarrista, e conta como é ser filho de Steve: “Não é nada diferente da relação de um pai e filho. A parte boa é que eu posso viajar com ele ao redor do mundo. Mas, quando não está em turnê, é um pai padrão, sempre me buscou na escola, jantamos juntos todos os dias. É um cara bem mais normal do que as pessoas pensam.”
Sobre o envolvimento do pai nas músicas do The Raven Age, George conta: “Ele sempre quer ouvir nossas músicas e dá sua opinião. Na verdade, ele é bastante rígido e diz o que precisamos mudar ou o que já está bom. Esse apoio e preocupação dele eu acho uma coisa bastante boa para a banda, e nós sempre damos ouvidos. Acho que, se fossemos uma banda ruim, ele não nos convidaria para tocar com o Maiden, mesmo eu sendo seu filho, porque é uma grande responsabilidade”.
Falando em responsabilidade, George sabe do tamanho da que tem em mãos. “Eu sei que é muito difícil para bandas novas abrirem os shows do Iron Maiden, pois os fãs antigos gostam de ouvir o que já conhecem, mas para o meu espanto os shows estão sendo incríveis. As pessoas vêm falar conosco depois das apresentações e até pedem para voltarmos logo. Eu não sei, mas o fato de eu ser filho de Steve pode ajudar também”, diz ele. “Realmente curtimos tocar para os brasileiros pela primeira vez. Nunca imaginei vir até a América do Sul, e especialmente ao Brasil. Meu pai sempre me falou que o público brasileiro era especial, e vi que é verdade.”